AVANÇOS DA IMUNOFENOTIPAGEM POR CITOMETRIA DE FLUXO NO DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO DAS NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS.

Autores

  • Letícia Sarni Roque Hemocentro de Ribeirão
  • Melina Lellis Bianquini UNIFAFIBE Bebedouro
  • Maria Elisa Stephano UNIFAFIBE Bebedouro
  • Thais Fernanda Fachina UNIFAFIBE Bebedouro

Palavras-chave:

citometria de fluxo; imunofenotipagem; marcadores imunológicos; neoplasias hematológicas; diagnóstico laboratorial.

Resumo

Introdução: A citometria de fluxo representa um dos maiores avanços tecnológicos aplicados à hematologia diagnóstica, permitindo a análise multiparamétrica de milhares de células em tempo real e a identificação de marcadores imunológicos específicos que auxiliam na caracterização e classificação das neoplasias hematológicas. Metodologia: Esta revisão sistemática teve como objetivo identificar, por meio da literatura científica recente, os principais marcadores imunofenotípicos utilizados na citometria de fluxo para o diagnóstico diferencial de leucemias e linfomas, destacando seu impacto clínico e prognóstico. O estudo foi desenvolvido nas bases SciELO, PubMed e Google Scholar, considerando publicações entre 2015 e agosto de 2025, com seleção criteriosa de artigos originais e revisões que abordassem a aplicação da citometria de fluxo como método principal de detecção de biomarcadores hematológicos. Resultados e Discussão: Os resultados demonstraram que essa metodologia apresenta elevada sensibilidade e especificidade, permitindo a distinção precisa entre leucemias agudas e crônicas, bem como entre neoplasias de linhagem linfóide e mielóide. Entre os principais marcadores identificados destacam-se CD19, CD10, CD34 e TdT nas leucemias linfoblástica aguda; CD13, CD33, MPO e CD117 nas leucemias mielóide aguda; e CD5, CD19 e CD23 na leucemia linfocítica crônica, os quais possibilitam estabelecer perfis imunofenotípicos característicos. Observou-se também que a citometria de fluxo é essencial no monitoramento da doença residual mínima, na detecção de subpopulações clonais emergentes e na avaliação da resposta terapêutica, desempenhando papel decisivo na condução clínica e na estratificação prognóstica. Tecnologias emergentes, como o aprendizado de máquina e a integração com métodos moleculares e citogenéticos, vêm aprimorando a precisão diagnóstica e reduzindo o tempo de análise laboratorial. Ainda que apresente limitações relacionadas à padronização de painéis e à qualidade das amostras, a técnica consolida-se como ferramenta indispensável à hematologia moderna. Conclusão: Conclui-se que a citometria de fluxo, por meio da análise de marcadores imunológicos específicos, promove diagnóstico mais rápido, preciso e personalizado, otimizando a escolha terapêutica e contribuindo significativamente para a melhoria dos desfechos clínicos em pacientes com neoplasias hematológicas.

Biografia do Autor

Letícia Sarni Roque, Hemocentro de Ribeirão

Biomédica, atua na hematologia e trabalha no Hemocentro de Ribeirão e irá avaliar área da saúde.

Melina Lellis Bianquini, UNIFAFIBE Bebedouro

Biomédica, Mestre em Ciências com ênfase em hematologia e hemoterapia, UNIFAFIBE Bebedouro

Maria Elisa Stephano, UNIFAFIBE Bebedouro

Estudante Biomedicina, UNIFAFIBE Bebedouro

Thais Fernanda Fachina, UNIFAFIBE Bebedouro

Estudante Biomedicina, UNIFAFIBE Bebedouro.

Publicado

2025-12-22

Como Citar

Sarni Roque, L. ., Lellis Bianquini, M. ., Stephano, M. E., & Fachina, T. F. (2025). AVANÇOS DA IMUNOFENOTIPAGEM POR CITOMETRIA DE FLUXO NO DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO DAS NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS. Ciência Na Sociedade: Revista Científica Do Instituto Nikola Tesla, 3(1). Recuperado de https://ciencianasociedade.institutonikolatesla.com.br/index.php/1/article/view/39