PERFORMATIVIDADE E RESPONSABILIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO: ANÁLISE BIOPOLÍTICA DA GESTÃO DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO PERÍODO DE 2020 A 2021 E OS IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL DE DOCENTES NEGROS
Palavras-chave:
Saúde Mental, Docência, EducaçãoResumo
O fenômeno cada vez mais crescente acerca da perda de poder do professor, da sua acumulação pelos excessos de responsabilidades e da falta de interesse dos alunos tem atingido a saúde mental docente. Tal fenômeno ganhou o ambiente pedagógico, articulado às precárias condições de trabalho e às políticas gerencialistas que condicionam a identidade docente ao cumprimento de metas e à responsabilização pelos resultados educacionais. A presente objetiva analisar quais tipos de modalidade de sofrimentos são produzidos a partir da restrição, da coerção e dos aspectos normativos no ambiente educacional que resultam no impacto da saúde mental dos docentes negros. O referencial teórico metodológico pautado no instrumento da biopolítica ampliada por Michel Foucault contribui para compreender os aspectos gerencialistas e o controle dos corpos docentes promovidos pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo no período apontado para apontar a uma crise de legitimidade ou a desfiguração das identidades docentes negros.